Eu vejo que um dos males da religião é sempre diminuir o ser humano. Fazê-lo malvado, merecedor de punição...
Esses conceitos na cabeça de vários ignorantes já validam várias atrocidades... Inclusive decapitar um "infiel" ou desprezar quem não compartilha de seus devaneios.
Sou ateu militante por entender que toda filosofia religiosa é perversa em sua essência, ao diminuir o ser humano fazendo crescer algo que não existe.
O mais importante do universo segundo a Bíblia é o amiguinho imaginário. Logo, os mais importantes do universo são apenas os que servem a esse deus. Ao resto, o inferno. Será que ao servir alguém de cabeça baixa, sem questionar, não estou menosprezado? Não faz de mim um escravo?
Na medida que tenho de amá-lo acima de todas as coisas, eu diminuirei, obedecerei suas leis, pagarei os seus tributos, pregarei o que ele deseja e serei um instrumento de sua vontade. Serei conivente com suas atrocidades, não falarei mal de seus "ungidos"... Onde o meu conhecimento for raso ou nulo, lhe darei mérito e honras. Concluindo, se essas coisas não fizerem de mim menor e irracional, não sei o que fará.
A religião torna o homem imoral, egoísta, infantil, preconceituoso, mesquinho, cruel, supersticioso, irracional, interesseiro, medroso, dependente, etc. Não sou contra o deus da Bíblia, sou contra todos amiguinhos imaginários que se dizem existir, mas se escondem muito bem.
Hitchens argumentou que as religiões, mesmo não sendo iguais, compartilham de uma mesma ilusão perigosa e sinistra, a de que a fé é melhor do que a razão.
Como primeira tentativa de explicar a natureza, a religião é uma maneira primitiva de compreensão da realidade. É a infância aterrorizada de nossa espécie, quando não sabíamos que nosso planeta girava, nem conhecíamos os microrganismos e as causas dos terremotos.
Mas nos dias de hoje, apesar da assimilação cultural de proposições racionais, como as de Darwin e de Einstein, a barbárie, os terrorismos praticados em nome dos “partidos de deus”, colocam a humanidade em estado semelhante ao seu ano zero. Além de serem um atraso, a teocracia, a ideologia messiânica, são estúpidas e brutais.
Não existe bondade nem lógica no "livre-arbitrio".
Deixar seres dotados de capacidade cognitiva limitada decidirem sobre a eternidade, tendo apenas a mensagem contraditória de um livro escrito por judeus analfabetos do deserto, não me parece uma atitude inteligente do fantasmão. Seres que até umas centenas de anos tinham uma expectativa de vida de 25 anos...
Isso é apenas uma característica de um deus criado e perpetuado pelo medo e superstição, o qual não merece crédito dada a nossa compreensão atual da realidade. Onde cada vez mais, deus torna-se inútil e arcaico. Obrigando os religiosos a "colocarem" deus nas origens (do universo, da vida) e também em acontecimentos pós-morte.
Dada que está clara sua inoperância nos nossos dias, fica explícito o velho e tosco argumento do "deus das lacunas" em todo o proselitismo religioso contemporâneo.
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